A Kátia (muito querida!), que era Coordenadora Pedagógica na escola onde estou agora, botou fogo...
Num primeiro momento, parti de histórias muito bem contadas pelos outros. Pesquisei na Internet, selecionei umas 10 e 3 "deram teatro". Era pra ser um monólogo!!!
Caminhei em passos lentos e, num determinado momento, saquei que faltava algo... Ou alguém! Num domigo, telefonei pra CARINA GOTARDELO: minha amiga, parceira, irmãzona/irmãzinha...
Foram duas Vakinhas e várias "supostas" datas de estréia... E, agora, sim, TÁ TUDO MUITO BONITO!!! Figurino, cenário, adereços.
E, o meu maior orgulho: MAIS UMA VEZ NOS BANCAMOS $$$$$!!! Não tenho a menor idéia do quanto investimos neste sonho maluco que é o TEATRO.
Nossos amigos e amores foram FUNDAMENTAIS nesta paradinha. Não fosse a Vakinha, creio eu não teria dado o primeiro passo! Gratidão, gratidão, gratidão infinda!!!
E hoje demos, o que cremos ser, o último passo quanto a DRAMATURGIA. Nossas histórias reais e "transferíveis" estão tão bem contadas... Este processo foi todo "desavessado" (Ritinha 'mãe', querida!), o trxto, cenografia, figurinos, foi tudo criado e executado ao mesmo tempo... Não há certo ou errado, mas o óbvio é: primeiro o texto pronto!!! No nosso caso, foi a última coisa.
Agora retomaremos a encenação, as aulas com a Leila... Mas, eu adoraria ter mais alguém conosco! Alguém que topasse ser nosso "terceiro olho" e assumir a nossa técnica. Torcer pra que o Universo nos presenteie com essa pessoa que, com certeza, é (e será!) muito especial!
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Boneca – Vai dizer que não lembra de todas as vezes que penteou... Aliás, que puxou meus cabelos... Das trancinhas doloridas que fez em mim... E quando vc pintou minha boca de canetinha vermelha...?
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(Bá) Patricia – Deixa-me ver: se eu for reto, acho que saio numa rua do meu bairro. Uau, acertei!
E como agora estava tranquila, passou a acabar com a tranquilidade da vizinhança: apertou todas as campainhas; chutou todas as pedras do caminho, roubou flores de todos os jardins e assutou um cachorro enorme que estava bem quietinho. Ficou feliz em ouvir os latidos nervosos, até chegar na rua de cima.
(Cá) Mas, a noite caiu! E Patricia nem percebeu que dois olhos brilhante a observava... Patrícia olhou para trás e percebeu um vulto. Começou a andar mais rápido...
(Bá) E o Vulto também!
(Cá) Patrícia apertou o passo e...
(Bá) O Vulto também!
(Cá) Patrícia olhou novamente para trás e pode ver o brilho de dois dentes caninos, bem pontiagudos. Agora ela tinha certeza: era um vampiro! Começou a correr...
(Bá) E o vulto também!
(Cá) Só que como ele era adulto corria mais do que ela. Se aproximava cada vez mais rápido. Patrícia corria, mas era como se seus pés estivessem colados no chão.
(Bá) Agora o Vampiro estava bem perto. A menina podia sentir seu hálito gelado nas veias pulsante do seu pescoço.
Patricia – Adeus, mundo cruel!
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Prô – Qual é mesmo o seu nome?
Boneca – Pedrinha. Vc não lembra? Uma vez você me obrigou a tomar chá de mato e comer bolinho de lama. Eu era seu brinquedo preferido!
(Bá) Quem disse? O meu brinquedo preferido era o Joãozinho!...
(Bá) Você sabia que todas as baratas aparecem depois das seis da tarde são verdadeiras, mesmo que de mentira?
Boneca – Eu lembro que você usava uma barata de plástico e uma aranha no cabelo que nem presilha. Que nojinho!!!
(Bá) Eu achava o máximo! E quando eu voltava da escola, tirava as bichas do cabelo, amarrava-as numa linha preta, subia numa árvore e me escondia no meio das folhas. Quando alguém passava, baixava os monstrinhos.
Um dia uma mulher gritou. E meu coração quase saiu pela boca de susto....
Prô Menina – Ou de castigo! Na minha casa, por causa de um, todos ficavam de castigo, isso se não levasse umas palmadas. E culpa era sempre da mais nova: eu!
A minha irmã, a do meio, que não gostava de brincar comigo. Onde ela ia eu gostava de ir atrás. E ela sempre falava que o Homem-do-Saco ia me pegar. E que ela não ia ligar.
Boneca – Ai, que mentira! Todo mundo sabe que o homem do saco não existe. Isso é uma lenda urbana!!!
Prô Menina – Ah, é? Pois, teve um dia que eu não acreditei nela. Consegui pular o muro e fugi... Já estava na rua quando, de repente, na minha direção, veio um homem... Sujo... Barbudo... Feio... E ELE TINHA UM SACO ENORME ESCONDIDO NAS COSTAS. Fiquei paralisada! Não consegui gritar, nem correr... Logo, uma mão enorme me pegou, me virou, me botou no colo e me... ...
Boneca – Tem um lugar... Uma casa... Cheia de escadas... E lá tem uma mãe e 3 irmãs que brincavam, mas tb brigavam muito. Um dia elas levaram uma tremenda bronca e foram separadas uma em cada cômodo da casa. A mais nova ficou numa área do lado de fora, num lugar bem alto que parecia uma torre. Chorou muito, pois não achava justo. Ela não tinha roubado no jogo, foi sorte!
...
...
(Cá) Finalmente, chegou o grande dia. No primeiro dia de aula, Aninha acordou bem cedinho. Escovou os dentes, penteou o cabelo, passou seu perfume mais gostoso (um que tinha cheiro de algodão doce feito na hora) e vestiu o uniforme.
Quando chegou aos portões da escola, Aninha não chorou como as outras crianças: foi logo pegando na mão da professora – “que nem gente grande”.
Aninha: Então todo mundo falava assim de mim: - Não chama a Ana pra brincar não! Se ela cai vai ser um desastre! Não empresta nada pra ela que vai ser um desastre! Não fala assim senão ela chora... E vai ser um desastre!
*13.04.2012 – 14h06.
"(...)
Mesmo de brincadeira,
Eu sigo o que fala o coração
Faço à minha maneira
Faço à minha maneira
De a vida nascer numa canção
Hei, lá!
Que vontade de ver
Hei, lá!
Que vontade de ver
De querer te abraçar
De correr pela areia
De correr pela areia
Eu preciso te achar
Que vontade de te ver
Que vontade de te ver
De querer te abraçar
De correr pela areia
De correr pela areia
Que vontade de amar você"
(Mesmo de Brincadeira – 14 Bis)
Aceito opiniões!!!
Bjks.