Histórias Bem Contadas - SP - Brasil

Histórias Bem Contadas - SP - Brasil

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Farra na Wise Up.

D. Montanha "causando" na confraternização das unidades São Caetano, Jardins e Portugal.

Roque "in Roll" - o dono do 'puxadinho'!!!

*Acho que fechei com chave de ouro!
Não podia passar por 2010 sem me tacar na fogueira, mesmo que das vaidades!!!
Fui e fiz direitinho: - EU SOU FADA!!!

domingo, 28 de março de 2010

Mais fotos

Trabalho para o site É Gratis, do fotojornalista y otras cositas más Tadeu Loppara, realizado pela Cia. dos Clownstrofóbicos e As Universiotárias. Junho 2009.
DESespetáculo! Aguardem!!!

quinta-feira, 25 de março de 2010

Preocupação de músico:

"(...) PS: vamos ter que nos caracterizar, Rafa e eu?????????



Deus nos proteja..."
 
Nem me dei o trabalho de responder, pois, pelo visto, Jefferson Perovani deixou bem claro, nas entrelinhas da sua pergunta, já saber o que lhe espera!
 
Eliana Bach

quinta-feira, 18 de março de 2010

DESespetáculo - REPERTÓRIO

AINDA QUEIMA A ESPERANÇA - Raulzito
LA ESPOSA E LA ESTÚPIDA - Jenni Rivera

LACINHOS COR DE ROSA - Celly Campello

ANUNCIO DE JORNAL - Julia Graciela
DOMENIQUE - Giane
MINHA PRIMEIRA DESILUSÃO - Silvinha Araújo

O MEU SANGUE FERVE - M. Pancol / J. Arel / C. Carrere / Vrs. Serafim Costa Almeida

NÃO SE VÁ - Composição: Alain Barriere / Vrs. Thyna
TORTURA DE AMOR - Composição: Osmath Duck
TE AMO, O QUE MAIS POSSO DIZER - Ovelha

PROVA DE FOGO - Erasmo Carlos

GAROTA SOLITÁRIA - Adelino Moreira
SOU REBELDE - Leno e Lilian
XUXUZINHO - Rita Lee

MATRIZ OU FILIAL - Lucio Cardim
O TELEFONE CHORA - Márcio José
SIGA SEU RUMO - Pimpinella

EU NÃO PRESTO, MAS EU TE AMO - Demetrius

POBRE MENINA - Leno e Lilian

MASSAGEM FOR MEN - Sharon

terça-feira, 16 de março de 2010

Nos convide!

Queremos apresentar nossos trabalhos para vocês!!!
Saraus, eventos...

HISTÓRIAS BEM CONTADAS - Para crianças e adultos (histórias temáticas).

DESespetáculo - espetáculo musico-escatológico das Universiotárias (palhaças) Piadas e encenações embaladas por trilha musical do repertório 70/80. Intervenções e interações com o paoio de violonista e percussionista.

quarta-feira, 10 de março de 2010

De Amor Não se Morre (mas, quase!)

Título provisório!
Esperamos, além do aval de Mariana, a resposta do Universo, quanto ao espaço escolhido. De volta à idéia inicial...

Fotos

No final de semana retrasado (o último de fevereiro) estivemos, eu e Carina, no estudio do Tadeu fazendo as fotos ilustrativas do projeto Histórias Bem Contadas. Logo os flyers ficarão prontos e logo todos poderão ouvir as (muitas!) histórias que temos para contar.

Até logo menos!!!

Eliana.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

A Cia dos Clownstrofóbicos em ação!



De baixo para cima:
D. Montanha em "A Loira do Banheiro"
Professora de Ensino Infantil - Prefeitura Municipal de São Paulo
"O Macaco e a Banana" com alunos do Ensino Infantil (regular)
"A Casa de Bernarda Alba" - D. Maria Josefa
Encenações variadas com alunas do La Bayadère
Encenação com alunos do CEU Rosa da China
Espetáculo Quando Eu Não Consigo Dormir
Bilhetinho de aluna
Peça com alunos do Pueri Domus
Peças com alunos do Externato Rio Branco
As Universiotárias
Com alunos do Externato Rio Branco
Cia dos Clownstrofóbicos contando histórias

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Aguardem... Isso é só uma prévia!




"- Esta noite eu chorei tanto, sozinha, sem um bem. Por amor todo mundo chora, um amor todo mundo tem...
Eu, porém, vivo sozinha, muito triste sem ninguém!
- Será que eu sou feia?
- Não, não senhor!
- Então eu sou linda?
- Ah! Você é um amor...
- Respondam ,então, porque razão eu vivo só, sem ter um bem?
- Você tem o destino da Lua, que à todos encanta e não é de ninguém!
- Ah! eu tenho o destino da lua, à todos encanto e não sou de ninguém!!!"


(Garota Solitária - Adelino Moreira)

Para Estela ou Estrela, não sei muito bem...

A sua pecinha que conta as histórias dos nossos irmãozinhos "Mund..." sai ainda este ano, tá??? Mas, você precisa colaborar também, né, minha linda???

Amo você!!!



Projeto - "Histórias Bem Contadas" - Espetáculo + Oficina

O ato de contar histórias é praticado no cotidiano sem que se faça conta. Uma conversa informal enquanto se espera o ônibus, uma conversa entre vizinhos, uma fofoca proferida já é tempo suficiente para imortalizar um fato.


O que não passa despercebida é a forma como isto se dá: inflexões e pausas na fala, volume de voz e gestual é o suficiente para elevar alguém aos céus... Ou não! Tudo depende da intenção.

A grandiosidade dos fatos históricos muitas vezes se deve às contribuições de pessoas anônimas com suas experiências, vivências e lembranças, contendo detalhes, inclusive, os excluídos das versões oficiais.

Descritos em livros, podem até ser contados de forma inquestionável, mas quando permeados por informações paralelas (ou parciais) é que refletem o que os estudiosos chamam de História. Historiadores afirmam que a história oral é uma visão parcial da História e a ela agregam valor.

O ato de contar histórias, contrariando afirmações, não foi preterido diante dos avanços tecnológicos na forma do comunicar-se. Pelo contrário, fronteiras foram transpostas, levando para cada vez mais longe as mais diferentes culturas de tantos povos, ampliando conhecimento, formando e informando com mais rapidez.

A Cia. dos Clownstrofóbicos acredita na importância do ouvir, contar e ler histórias como parte imprescindível na formação do caráter, a imaginação servindo à exemplo de conduta.

PÚBLICO ALVO: Alunos do Ensino Fundamental I – do 5º. ao 9º. Anos;  alunos do EJA – Educação de Jovens e Adultos; pais e professores.



Quer saber mais???
Contato: clowntrofobicos@yahoo.com.br ou eliana.bariel@gmail.com




Mariana Alcoforado - Por Katherina Vaz

"Acordou a meio da noite na sua cama. Certamente a mãe a deitara lá. Ana Maria estava na cama ao lado, de braços colados ao corpo, a praticar para ser cadáver. Saltou da cama e, pegando numa tesoura, cortou os longos cabelos negros da irmã. Ana Maria não se apercebeu de nada. Estão a ver? Está morta. Como era gorda demais para ter um marido, umas madeixas a menos não tinham grande importância."
Mariana olhou para suas mãos. Sentiu-se esquisita, ali de pé no chão frio a segurar os cabelos de Ana Maria no meio daquela escuridão. O que a levara fazer aquilo? O cabelo da irmã parecia um pequeno tapete todo desfiado. Escondeu-o por debaixo da cama de Ana Maria.
Acordou de manhã de um sono sombrio e viu Ana Maria e a mãe debruçadas sobre si com Catarina a fazer uma birra atrás delas.
- Corta o cabelo dela! Berrou Ana Maria
- Não fui eu! – murmurou Mariana agarrada a colcha da cama."




"A sua oração naquela noite foi: Hei-de-vencer esta prova e todas as provas. Nada - ser freira , estar encarcerada, viver em tempo de guerra, nada me separará da vida do meu coração. Envia-me todos os obstáculos que quiseres, meu Deus, para que eu possa ultrapassá-los. "

"Sentiu fome, uma necessidade urgente a jorrar. Corria o risco de encontrar Catarina no refeitório. A Irmã Angélica de Noronha ralhou com Mariana por chegar tarde. Serviu-lhe uma concha de sopa e uma côdea de pão para servir de colher.
De repente avistou Catarina, vestida com o hábito branco das postulantes e noviças. “O meu estômago está vazio. Por favor, não me dês nenhuma notícia triste!” Catarina fez-lhe um gesto como se dissesse: “Come, Mariana. Peço-te. Não deves culpar-me por te algo para te dizer”. A seguir levou as mãos ao rosto e deixou-as escorregar lentamente enquanto fechava os olhos. Uma máscara da morte.
A Irmã Francisca Freire bateu no peito fazendo sinal a Mariana para comer. “Tem coragem. É preciso que saibas a verdade”."

"Catarina ensinou Mariana a escutar o que se passava para lá dos muros do claustro, a debruçar-se sobre o silêncio interior e deixar-se transportar. Escutou a respiração de Baltazar, assegurando-se assim de que estava vivo. Pelo ritmo da sua respiração, podia avaliar se ele estava com medo. Ansiava por ouvir, e então a sua imaginação inventou o ruído de espadas a cruzarem-se, tiro de mosquete e cavalos a relinchar. Tapou os ouvidos, amedrontada.
Deitou ao lado de Catarina para viajarem juntas. Talvez fosse menos assustador. Deram as mãos e ficaram muito quietas para ver aonde o silêncio as levaria.
- Baltazar! Por que é que não há guloseimas nos santuários às almas penadas?"


"Naquela noite Mariana não conseguiu afastar-se do clamor que reinava no locutório, onde os soldados de visita bebiam e falavam das suas aventuras em voz alta. A Irmã Genebra Nogueira abrira-lhe as portas do convento. A multidão abriu novamente caminho quando Mariana entrou. E lá estava ele. Não sabia seu nome. Era uma silhueta na noite. Andava à procura dela. Avançaram um para o outro ao mesmo tempo, Mariana estendendo as mãos para encontrar as dele. A peruca do capitão estava impecavelmente penteada e a sua farda era a mais resplandecente que jamais vira. Ele colocou-lhes nas mãos uma medalha de São Cristóvão, o Viajante. A medalha queimou-lhe os dedos. Ele inclinou-se e beijou -lhe a mão. Em breve ela estaria deitada, às voltas na cama sem poder dormir, incapaz de ficar dentro da sua própria pele."

"Foi ela quem deu o primeiro beijo, para surpresa dele: sentiu-se logo arrebatada no ar, os braços e pernas em volta dele. A mais bela das mulheres, o mais afortunado dos homens.
Como podia sobreviver até à noite? As suas costelas ainda estavam doridas do peso dele, as entranhas doíam tanto que não sabia ao certo se era devido à paixão dele ou à sua. O fato de o amor causar tanta dor no início não a surpreendia."

"Naquela noite ficou tanto tempo imóvel dentro dela que o sagrado coração esculpido na cabeceira da cama lhe ficou gravado na testa. - És audaciosa e infatigável. Onde é que aprendeste a amar assim? - Nasci com essa sabedoria."

"- Tens realmente 29 anos?
- Tenho. Já sou um velho.
- Não é por isso. Não consigo imaginar-te com essa idade e ainda solteiro.
- Talvez ainda não tenha encontrado a mulher ideal. – Mas, ao ver sua expressão, apressou-se a acrescentar: - Estava a brincar, Mariana! Espanta-me que todas as tuas ansiedades ainda não te tenham aniquilado.
- Amo-te mais do que a toda a minha vida."

"Seria paciente, mesmo que a sua temperatura oscilasse tão loucamente como na manhã seguinte, passando por tremores quentes a frios, obrigando-a a dar entrada na enfermaria. As suas convulsões levaram a própria Irmã Juliana de Matos a dizer em voz baixa. – Pobre Mariana. Repousa. Desculpa-me por odiar-te.
Perto da meia-noite saiu da cama e arrastou-se até a sua casinha, pois nada era pior do que sentir a falta dele. Ao encontrá-la a tremer, Noel disse:
- O que é que eu te fiz? Não parece tu.
- Sou mais eu do que jamais fui."

"Mariana sentia que, sob o abraço apertado, Noel aguardava que ela o deixasse. Não estava a portar-se como um amante, mas como um cavalheiro. Murmurava os motivos que o levava a deixá-la, fria e ordenadamente, mas a mão acariciava-lhe os cabelos e isso bastava para despedaçar a alma de Mariana. E quando ele voltou a dizer: - Pensa em mim – ela pensou: “O que me restará então? Se eu nunca mais puder voltar a ver-te? Não! Isso é impossível! Ficarei sem olhos? Não te ouvir mais? Perderei as orelhas. Nunca mais me queimar no fogo que nos consome? De que me servirá então o tato?”

" E se tentasse falar seria como cuspir pedaços do seu esqueleto dilacerado. As lágrimas jorravam silenciosas, a boca aberta sem poder falar, a magoa e as palavras escoavam-se do seu corpo ao vê-lo partir."


Primeira carta

"E, contudo, agarro-me com afeição ao sofrimento que me causaste: consagrei a minha vida à tua desde o primeiro momento em que te vi e orgulho-me de ter feito tal sacrifício. Mil vezes por dia envio os meus suspiros para te procurarem por toda a parte, mas e única resposta à única resposta à minha inquietação é uma prudente voz de aviso, frei ao meu triste destino e suficientemente desumana para me proibir a mais ligeira ilusão, que me repete a todo o momento: Descansa, pobre Mariana! Deixa de te mortificar em vão e de procurar um amante que nunca mais voltarás a ver..."

Quarta carta


"Releu-a várias vezes durante os dias seguintes para ter certeza de que não estava a interpretar mal o que a carta dizia, e depois tirou as pulseiras que trazias escondidas sob as mangas. Despedir-se do São Cristóvão e do retrato do amante custou-lhe bastante mais e ficou a fitar a sua fisionomia até a gravar na memória – como se ele não existisse irrevogavelmente dentro de si. Juntou estas coisas às outras cartas dele. Guardaria esta última, juntamente com outra breve missiva que, compreendia-o agora, ele esperava ser sua ultima carta para ela. Haviam de lembrar-lhe que ele estava a ajudá-la a ser forte. "

"- Endireita as costas, Irmã Mariana. É preciso ter orgulho. Tens de salvar-te a ti mesma.
- A mim mesma?
- E a mim também – Disse a Irmã Francisca Freire – És parte de mim."

"“- Amo-te. Ainda te amo. Hei-de-amar-te sempre. Venero todas as alegrias e sofrimentos que o teu amor me proporcionou. Não quero curar-me do meu amor por ti. Sou suficientemente forte para amar-te, embora talvez nunca volte a ter-te. Serei alguma vez capaz de sentir alegria com as tuas viagens, jantares, o fato de estares bem sem mim? Um dia hei de imaginar- tudo isso sem pestanejar. Hei de ser capaz, meu amor.""

"- Quebrei um voto que me foi imposto. Nunca quebrei o voto que se encontra alojado no meu coração. Nunca, nunca!"

"- Sou uma erudita."

"Tenho 36 anos. Como é que cheguei a esta idade? A minha irmã Peregrina tem quase 16 anos, às vezes penso que estou compartilhando tudo isso contigo, Noel. Mas outras penso que o volume do livro da minha vida continua a escrever-se por si só, quer queiras ou não sentar-te ao meu lado junto à lareira e lê-lo. Quer queiras ou não que a maior parte dele continue a ser colorido pela minha paixão."




"- É muito mais difícil amar do que sofrer. Amar com toda simplicidade, sem termos de nos pôr à prova, é bom. Mas amar após enfrentarmos uma tragédia é heróico. Deverias penetrar no amor e voltar a senti-lo, Irmã Mariana.
- É o que eu faço.
- Não fazes nada. A dor instalou-se no teu espírito como um livro colocado numa prateleira muito alta. Pega nesse livro e abre-o porque o nome daqueles que ama está lá inscrito.
- Não. Mas, Mariana não conseguia desobedecer-lhe. Nessa mesma noite esticou o braço e tirou o livro sobre Noel que se encontrava no interior do túnel sem fundo. Abriu a capa do livro. Dores agudas fizeram-na rodopiar na volta; apesar de as freiras dizer que o tempo curava tudo, nunca deixara de amar Noel."

"“O meu amor continua a visitar-me através de revelações” – pensou Mariana. – “Abençoado sejas, meu amor”."

"- Amo-te. Continuo amar-te. Acarinho todas as alegrias e pesares que o teu amor me deu.
Era o trigésimo quinto aniversário da partida de Noel. O que poderia acrescentar à oração deste ano?
- Não tenho nenhum dinheiro, quem é poderia imaginar tal coisa! Mas, sinto-me incrivelmente feliz. E tu, meu amor? Espero que tenha casado, que estejas próspero e rodeado de filhos. Digo-te isto como se me tivesses deixado ontem. Mas tu nunca me deixaste, nunca, meu querido amor!"

"As cartas de amor começavam sem fazermos idéia do que iríamos dizer e terminavam sem compreendermos o que proclamavam. Na altura não tivera noção do que dissera ao certo, tal como não a tinha agora. O amor não era um recital."



“Agora posso perdoar-te, meu amor, a falta indesculpável de teres lançado as minhas palavras e a minha inocência aos olhos de um publico displicente. Posso perdoar tudo. Posso perdoar tudo e a toda gente, já que te perdôo isto.”

“Pedi para que me fosse enviado um grande e eterno amor e tenho-o sentido já há algum tempo. Só que não aceitei que fosse meu de uma maneira que não imaginara.”

Nosso próximo espetáculo

"(...) O AMOR NÃO ERA UM RECITAL."


                                                    (Sorór Mariana Alcoforado)

"Lembro-me de ter-lhe dito que não desejava aquilo que estava descrito nas CARTAS (séc XVII) para mulher alguma. Olhei para o céu, através do vidro do carro, respirei e agradeci... Passados alguns meses, estaria eu com sentimentos parecidos... Dores e desejos !
Após uma conversa intensa com minha (ainda!!!) muito querida professora de Interpretação Rita - USJT - SP (não conheço nenhuma Rita que não seja maravilhosa!!!), a partir de uma frase dela, percebi que todas aquelas emoções eram maiores e mais fortes do que meu corpo podia suportar, precisava transformá-lo em Arte. A Arte à serviço de mim, já que, por muitos anos, eu estive em função dela!

Naquele momento pude contar com minha querida amiga-parceira-irmã-psicóloga e muito amada Carina e com a não menos querida Ana Lucia (Aninha E.V.A. Selvagem).
Um dia nos reunimos e eu, simplesmente, li as cartas de Mariana. Em poucos instantes tinha uma pequena platéia atenta. Eu não estava interpretando! Estava tomando como se fossem minhas aquelas palavras que expressavam tanto amor. Eu estava sentindo "tudo" naquele momento: saudade, abandono, incorformismo... Tinha tanta coisa ali... E aqui!

E aos poucos fomos levantando idéias, fazendo pequenos laboratórios. Ensaiávamos nas salas-laboratórios da faculdade, aqui no quarto da minha anitga casa... E dalí  foram surgindo pequenos textos, frases e leves esboços de cenas.

A dor foi se transformando durante o processo, a compreensão foi se fazendo obrigatória. Fui acompanhando meu próprio processo de amadurecimento.

Saímos das Cartas com a ajuda de Regina (maravilhosa!) Lucia, mestra em Letras, de Maringá - Pr - e mergulhei profundamente na vida desta pessoa intrigante que "é" essa Mariana. Quanto mais a conheço, mais me identifico com sua intensidade diante dos acontecimentos da vida, do seu incondicionalismo diante do amor.

Mais uma vez, por meio de uma personagem (pois, pretendo tirar esse foco do que é real!), estou fazendo o exercício de ser mulher, de olhar para mim mesma sem tanta dureza, olhar para mim como alguém que também falha, como alguém que erra feio, como alguém que se joga dos precipícios que estão diante do estar viva com medo, mas convicta de que tudo é para o meu bem... E para o bem do público que nos assiste!!!

                                                                         (Cumplicidades Compartilhadas - por Eliana Bach)

Quem somos???

Eliana Bach e Carina Gotardelo

• Atividade: Artes

• Profissão: Atrizes/ professoras

• Local: São Paulo : Itaquera- SP : Brasil

Nos conhecemos em 2005 na Universidade São Judas Tadeu - USJT - SP. Ambas buscávamos a graduação em Educação Artística, nos tornar bacharéis em Artes Cênicas.
ELIANA já tinha formação de atriz pela Fundação das Artes (1993 - DRT 11.228) e Carina (DRT: ) havia participado de oficinas que foram determinantes para que desistisse da Biologia. Psicologia, Pedagogia, Música e outros cursos pertinentes a área artística fazem parte de nossos currículos. Atualmente ELIANA BACH é professora de Ensino Infantil e Fundamental I pela Prefeitura Municipal de São Paulo. Bacharelada e Licenciada em Educação Artística, com habilitação em Artes Cênicas. Professora e formadora em Teatro há 12 anos, já lecionou em projetos diversos, casas de cultura e escola de ensino regular. Atriz, já esteve em cartaz com espetáculos de diretores diversos, até realizar o sonho de criar sua própria Cia.
CARINA é professora da Rede Municipal de São Caetano do Sul, Arte-educadora em Teatro para alunos do ensino Infantil e Fundamental I.




Sobre a Cia.

Começamos nossos trabalhos pensando num trabalho único e exclusivo para crianças.
Depois de tentativas (frustradas!) diversas, montamos o espetáculo "Quando Eu Não Consigo Dormir", adaptação do conto de Mirna Pinsky (http://www.mirnapinsky.com.br/), parte integrante de O Livro dos Medos, editado pela Cia. das Letras, com organização de Heloísa Prieto.

Estreamos no Teatro Augusta, sala Experimental, em fevereiro de 2004, depois estivemos em temporada no Teatro Sérgio Cardoso, sala Paschoal Carlos Magno, Teatro Martins Penna, Teatro Julia Bergmann (inauguramos a casa!), todos em São Paulo, capital.
Aí fomos passear um pouco: participamos de diversos projetos, mostras de Teatro e encerramos a temporada num tour pelos SESCs do interior de São Paulo.

Extremamente emocionante foi a participação na Mostra de Teatro de São Caetano do Sul, no ano de 2005. Dia dos pais, o maior Sol... Sabe aquele dia em que tudo tá leeeeeentoooo...
Terminamos de montar o cenário 10 minutos antes de abrirmos para o público! Era a estréia da personagem Fernando e do, no momento, ator Fernando de Souza.
Ia ser até positivo se não tivesse, mesmo muita gente na platéia... Imagina! O dia pedia cerveja gelada e churrasco com pagode, domingão... E quando as portas se abriram... Não parava de entrar gente... Lotou!!! E o espetáculo foi lindo! São os presentes que o Universo nos dá, né???

Foram muitas pessoas que passaram pela Cia. Umas rapidamente e outras marcaram presença: Ana Paula Gonçalves, Fernando de Souza e Junior Ramos.

Carina Gotardelo foi a maior "aquisição" da Cia., no ano de 2005. Tornou-se uma parceirona e sócia nesta empreitada. Juntas iniciamos pesquisas sobre o trabalho do Palhaço e de contação de histórias.

Nossa característica é o "fazer do nosso jeito"! Seguimos nossa intuição. E normalmente acertamos!!! Fazemos rir, levamos pessoas às lágrimas, nos emocionamos muito, também... E temos muito orgulho! Somos vaidosas do que realizamos por aqui e por aí. Em princípio, nos encontramos no Galpão da ATRIA, onde pretendemos estrear nosso próximo espetáculo.