
BONECA - LANINHA
PROFESSORA - CARLINHOS
Boneca – " - Amarelo, Roxo, Lilás, Azul, Vermelho, Rosa e Verde."
Professora – Era assim que Laninha imaginava o primeiro dia de aula: colorido como um arco-íris. Desde que sua irmã mais velha começou a ir para a escola que Laninha sonhava em ir também. Ela já conhecia as letras. Só faltava aprender a juntar tudinho e formar palavras.
Laninha: – Mal posso esperar para ler aquele montão de livros... Vai ser o máximo!
Boneca - Finalmente, chegou o grande dia. No primeiro dia de aula, Laninha acordou bem cedinho. Escovou os dentes, penteou o cabelo, passou seu perfume mais gostoso...
Professora – ...um que tinha cheiro de algodão doce feito na hora!
Boneca - Quando chegou nos portões da escola, Laninha não chorou como as outras crianças: foi logo pegando na mão da professora – “que nem gente grande”.
Laninha: – Minha professora parece uma princesa! Não, uma fada!
Professora – Uma coisa (interrompendo os devaneios de Laninha): Laninha escondia um grande segredo: era tímida! Morria de vergonha. E tinha medo de não conquistar nenhum amigo.
Laninha: - Ai... Só de pensar...!
Professora – Laninha estava começando a achar que talvez pudesse deixar seu medo de lado e fazer uma amizade quando, de repente, entrou pela porta um furacão em forma de gente. Seu nome? Carlinhos.
Laninha: – Que ele não me veja, que ele não me perceba, que ele não me... Oi...
Boneca – No meio do caminho, Carlinhos tropeçou numa mochila e despejou toda sua fúria no dono... Ou melhor, na dona! “- Sua tonta! Porque não joga essa porcaria no lixo ao invés de deixar no chão!”
Laninha (respirando fundo): - Desculpa!
Professora – A voz de Laninha, ao invés de soar como um trovão, saiu com o som baixinho... Foi o que Carlinhos precisava: “- Sua isso, sua aquilo, sua aquilo outro e mais outro e mais outro e muito mais outro! Laninha choramingou e toda a classe riu. Agora, por causa de Carlinhos, todos os alunos chamavam Laninha de “A Menina Desastre”.
Laninha: - Então todo mundo falava assim de mim: - Não chama a Lana pra brincar não! Se ela cai vai ser um desastre! Não empresta nada pra ela que vai ser um desastre! Não fala assim senão ela chora... E vai ser um desastre!
Professora – E quanto mais Laninha queria fugir de Carlinhos, menos conseguia. E mais prazer o menino tinha em atormentá-la. Então, Aninha tomou uma decisão:
Laninha: - Eu nunca mais vou para a escola!
Mãe – Mas, Laninha! Não faz sentido você não ir mais à escola por causa do Carlinhos. E os lápis de cor? E os cadernos? E os livros com cheirinho de novos? - E assim, a mãe conseguiu convencer a menina a voltar para a escola.
Laninha: - No dia seguinte, a primeira pessoa que vi na minha frente foi o Carlinhos. Ele me viu, também! Desceu as escadas correndo. Achei que não ia mais ter jeito... Mas, ele tropeçou nos próprios pés, bateu a bunda no chão, deu duas cambalhotas e foi de cara no chão.
Carlinhos: - Vai ficar zoando comigo, também?
Laninha: - Não! Eu não gostei quando riram de mim.
Carlinhos: - Desculpa... Só fiz aquilo por que achei que assim eu ia conseguir ter alguns amigos.
Laninha - Não é assim que você vai agradar as pessoas. Se bater nelas, elas vão ter medo, mas não vão ser suas amigas...
Carlinhos - Desculpa! Prometo ser o melhor dos amigos.
Laninha: - Amigos!
“Entre borrachas e apontadores
Mora o meu grande amor
Colei seu nome com várias cores
No livro que ela me emprestou
Mandei mil balas e mariolas
Roubei as flores todas do jardim
Eu faço tudo na minha escola
Pra ver se ela gosta de mim
Cola o teu desenho no meu
Pra ver se cola
Cola o meu retrato no teu
E me namora
Comigo nessa dança
Um sonho de criança
E o meu coração colado ao teu
Pra ver se cola”
*Pra Ver Se Cola – Trem da Alegria
Boneca – Carlinhos ajudou Laninha a fazer novas amizades, mas nenhum amigo era tão especial quanto Carlinhos. E assim, seu mundo na escola voltou a ser colorido, até o final daquele ano e do outro e do outro...
Professora – Ei... Essa Laninha... Sou eu! Eu me chamo Lana!!!
Boneca – O queeeeeee...? Você namorou o Carlinhos? Noivou com o Carlinhos? Casou-se com o Carlinhos? E formaram uma família linda com gatos, cachorros, periquitos e brinquedos?
Professora – Não! Não deu tempo! Eu fui encolhida e vim parar num tal Reino de Tão Tão Distante... Agora o Carlos vai achar que eu fugi.
Boneca – Que tal sequestrada?
Boneca – " - Amarelo, Roxo, Lilás, Azul, Vermelho, Rosa e Verde."
Professora – Era assim que Laninha imaginava o primeiro dia de aula: colorido como um arco-íris. Desde que sua irmã mais velha começou a ir para a escola que Laninha sonhava em ir também. Ela já conhecia as letras. Só faltava aprender a juntar tudinho e formar palavras.
Laninha: – Mal posso esperar para ler aquele montão de livros... Vai ser o máximo!
Boneca - Finalmente, chegou o grande dia. No primeiro dia de aula, Laninha acordou bem cedinho. Escovou os dentes, penteou o cabelo, passou seu perfume mais gostoso...
Professora – ...um que tinha cheiro de algodão doce feito na hora!
Boneca - Quando chegou nos portões da escola, Laninha não chorou como as outras crianças: foi logo pegando na mão da professora – “que nem gente grande”.
Laninha: – Minha professora parece uma princesa! Não, uma fada!
Professora – Uma coisa (interrompendo os devaneios de Laninha): Laninha escondia um grande segredo: era tímida! Morria de vergonha. E tinha medo de não conquistar nenhum amigo.
Laninha: - Ai... Só de pensar...!
Professora – Laninha estava começando a achar que talvez pudesse deixar seu medo de lado e fazer uma amizade quando, de repente, entrou pela porta um furacão em forma de gente. Seu nome? Carlinhos.
Laninha: – Que ele não me veja, que ele não me perceba, que ele não me... Oi...
Boneca – No meio do caminho, Carlinhos tropeçou numa mochila e despejou toda sua fúria no dono... Ou melhor, na dona! “- Sua tonta! Porque não joga essa porcaria no lixo ao invés de deixar no chão!”
Laninha (respirando fundo): - Desculpa!
Professora – A voz de Laninha, ao invés de soar como um trovão, saiu com o som baixinho... Foi o que Carlinhos precisava: “- Sua isso, sua aquilo, sua aquilo outro e mais outro e mais outro e muito mais outro! Laninha choramingou e toda a classe riu. Agora, por causa de Carlinhos, todos os alunos chamavam Laninha de “A Menina Desastre”.
Laninha: - Então todo mundo falava assim de mim: - Não chama a Lana pra brincar não! Se ela cai vai ser um desastre! Não empresta nada pra ela que vai ser um desastre! Não fala assim senão ela chora... E vai ser um desastre!
Professora – E quanto mais Laninha queria fugir de Carlinhos, menos conseguia. E mais prazer o menino tinha em atormentá-la. Então, Aninha tomou uma decisão:
Laninha: - Eu nunca mais vou para a escola!
Mãe – Mas, Laninha! Não faz sentido você não ir mais à escola por causa do Carlinhos. E os lápis de cor? E os cadernos? E os livros com cheirinho de novos? - E assim, a mãe conseguiu convencer a menina a voltar para a escola.
Laninha: - No dia seguinte, a primeira pessoa que vi na minha frente foi o Carlinhos. Ele me viu, também! Desceu as escadas correndo. Achei que não ia mais ter jeito... Mas, ele tropeçou nos próprios pés, bateu a bunda no chão, deu duas cambalhotas e foi de cara no chão.
Carlinhos: - Vai ficar zoando comigo, também?
Laninha: - Não! Eu não gostei quando riram de mim.
Carlinhos: - Desculpa... Só fiz aquilo por que achei que assim eu ia conseguir ter alguns amigos.
Laninha - Não é assim que você vai agradar as pessoas. Se bater nelas, elas vão ter medo, mas não vão ser suas amigas...
Carlinhos - Desculpa! Prometo ser o melhor dos amigos.
Laninha: - Amigos!
“Entre borrachas e apontadores
Mora o meu grande amor
Colei seu nome com várias cores
No livro que ela me emprestou
Mandei mil balas e mariolas
Roubei as flores todas do jardim
Eu faço tudo na minha escola
Pra ver se ela gosta de mim
Cola o teu desenho no meu
Pra ver se cola
Cola o meu retrato no teu
E me namora
Comigo nessa dança
Um sonho de criança
E o meu coração colado ao teu
Pra ver se cola”
*Pra Ver Se Cola – Trem da Alegria
Boneca – Carlinhos ajudou Laninha a fazer novas amizades, mas nenhum amigo era tão especial quanto Carlinhos. E assim, seu mundo na escola voltou a ser colorido, até o final daquele ano e do outro e do outro...
Professora – Ei... Essa Laninha... Sou eu! Eu me chamo Lana!!!
Boneca – O queeeeeee...? Você namorou o Carlinhos? Noivou com o Carlinhos? Casou-se com o Carlinhos? E formaram uma família linda com gatos, cachorros, periquitos e brinquedos?
Professora – Não! Não deu tempo! Eu fui encolhida e vim parar num tal Reino de Tão Tão Distante... Agora o Carlos vai achar que eu fugi.
Boneca – Que tal sequestrada?
(...)

*Um pouquinho de "HISTÓRIAS BEM CONTADAS ou o Sumiço do Joãozinho".
Logo menos, em cartaz!!!