Histórias Bem Contadas - SP - Brasil

Histórias Bem Contadas - SP - Brasil

terça-feira, 7 de julho de 2015

Hoje descobri um livro maravilhoso!

Tava bem bolada, como dizem as crianças, de realizar tal tarefa, chatíssima!
Enquanto empacotava as coisas da sala de aula por conta do recesso (para mim e férias para as crianças), na parte dos livros, demorei-me um pouco mais. Fui olhando os títulos, separando as páginas soltas e deparei-me com um livro que nunca tinha visto. Na verdade chamou-me a atenção a autora.  Oi, Eliana? Como assim Cora Coralina passa por vc todos os dias e vc nunca viu? Pois é!

Parei tudo, lavei as mãos e fui ver do que a história tratava. Me encantei e imediatamente quis compartilhar com os alunos, mas... aquele sentimento de descoberta de uma nova história ainda estava tão frágil e tão emocionado, que achei melhor deixar pra outra vez. 

Cheguei em casa, fui logo procurando um pra mim e descobri que o Itaú havia relançado a obra.

Agora ele está aqui bem pertinho, Já duas, três vezes mais. E quero contar tal qual Cora escreveu, sem errar uma palavrinha que seja. Adoro Cora, adoro cocada!

 


SINOPSE

O conto As Cocadas, publicado pela primeira vez em O tesouro da Casa Velha, um dos últimos trabalhos de Cora Coralina, ganha nesta edição as cores, os traços, as ilustrações tão sintonizadas com a infância do artista Alê Abreu. A narrativa em primeira pessoa, curta, direta e, ao mesmo tempo, detalhista no que é preciso - qualidades de quem conta mesmo um conto - envolve a criança, desafia sua curiosidade a cada linha, desperta o desejo de descobrir a resolução do conflito vivido pela personagem: Eu devia ter nesse tempo dez anos. Era menina prestimosa e trabalhadeira à moda do tempo. Tinha ajudado a fazer aquela cocada. Tinha areado o tacho de cobre e ralado o coco [...] O coco era gordo, carnudo e leitoso, o doce ficou excelente. Minha prima me deu duas cocadas. Duas cocadas só [...] De noite, sonhava com as cocadas. De dia as cocadas dançavam piruetas na minha frente.


DADOS DO PRODUTO título: AS COCADAS
isbn: 9788526012523
idioma: Português
encadernação: Brochura
formato: páginas: 24
ano de edição: 2007
edição: 1ª


autor: Cora Coralina
ilustrador: Ale Abreu




Cora Coralina é o pseudônimo de Ana Lins dos Guimarães Peixoto (1889-1985), que nasceu na cidade de Goiás, antiga Villa Boa de Goyaz, em 1889. Filha de Francisco de Paula Lins dos Guimarães Peixoto, desembargador nomeado por D. Pedro II, e de Jacinta Luísa do Couto Brandão, Ana nasceu e foi criada às margens do rio Vermelho. 
 
Aos 15 anos de idade, Ana, devido à repressão familiar, vira Cora, derivativo de coração. Coralina veio depois, como uma soma de sonoridade e tradução literária. Foi uma poetista e contista brasileira de prestígio, tornando-se um dos marcos da nossa literatura. 
A autora iniciou sua carreira literária aos 14 anos com o conto Tragédia na Roça, publicado no Anuário Histórico e Geográfico do Estado de Goiás. 
Casou-se com o advogado Cantídio Tolentino de Figueiredo Brêtas e teve seis filhos. O casamento a afastou de Goiás por 45 anos. Ao voltar às suas origens, viúva, iniciou uma nova atividade, a de doceira. Além de fazer seus doces, nas horas vagas ou entre panelas e fogão, Aninha, como também era chamada, escreveu a maioria de seus versos. Publicou o seu primeiro livro aos 76 anos de idade e despontou na literatura brasileira como uma de suas maiores expressões na poesia moderna. Em 1982 – mesmo tendo estudado somente até o equivalente ao 2º ano do Ensino Fundamental – recebeu o título de doutora Honoris Causa pela Universidade Federal de Goiás e o Prêmio Intelectual do Ano, sendo, então, a primeira mulher a receber o troféu Juca Pato. No ano seguinte foi reconhecida como Símbolo Brasileiro do Ano Internacional da Mulher Trabalhadora pela FAO. 
Morreu em Goiânia, aos 95 anos, em 1985.

Nas minhas andanças...


...saio por aí descobrindo livros. Este está na área de conveniência do SESC Pinheiros. Crianças que amam ouvir histórias, mas papai e mamãe 'não tem tempo', fica a dica!

Era uma vez um 6A...


...que se autodenominou a "Turma da Banda de Rock in Roll". Silêncio: gênios criando!!!

Histórias Bem Contadas na FLIP 2015


"...Porque tudo que eu vivo vira aventura!"



 Desde a primeira edição que eu tinha vontade de conhecer a Festa Literária Internacional de Paraty. Bastou uma passadinha pela cidade no fim das férias de verão e decidido estava: voltaria para prestigiar a FLIP quem quer que fosse o homenageado.




Dei sorte, pois neste ano o assunto foi Mário de Andrade, vida pessoal e obra. 
Paulista, modernista, escritor, pesquisador, o idealizador das escolas de educação infantil e tantas outras atribuições que podem lhe ser dadas.


FLIP, FLIPinha, FLIPMais. Passamos por todas! E nos eventos paralelos nas casas das editoras e empresas jornalísticas.



Nas muitas caminhadas pelas pedras, eu muitíssimo bem acompanhada pela Aninha do Tricotando Palavras, nos encontramos com algumas celebridades, mas Francisco Gregório, autor e contador de histórias, foi quem mereceu a nossa abordagem e uma foto.





Autores falando sobre si e suas obras. Nos momentos de descuido foi que mais revelaram! Claudio Fragoso e Luis Rufatto, tão diferentes...

Foram 5 dias muito intensos de palestras, conversas e descobertas, com uma pausa para um passeio de escuna com direito a paradinha nas praias.

Talvez eu até ficasse mais para sentir a pulsação da cidade pós-FLIP, mas meu coração, embora feliz, estava desesperado de saudade. 
Este é o Teo, meu coelhinho, que me faz voltar para casa correndo de tanta vontade de, num momento Felícia, abraçar e apertar.